sábado, 12 de setembro de 2009

Simplesmente ser


O coração a palpitar

As mãos suadas de um nervoso infinito

E os olhos vêem o amanhecer subindo

A leve brisa do vento

A sacudir os caracóis

Do cabelo da menina

Que ainda ontem brincava de ser menina

E assim como que por encanto

O dia vira noite

E a menina que hoje já não brinca

Sai para viver a fantasia

De um dia voltar a ser menina

E a noite vira dia

E num passe de mágica

A menina,

hoje mulher

custa a crer, que menina não mais é

Então um choro

um aconchego

e no peito um desejo

levam seu olhar ao colo

E ela vê olhos de filha

a olhar um rosto de mãe

Mãe que hoje brinca

De ter uma menina...


Verônica Cruz

2 comentários:

  1. Nossa Véu,quão profundo essa imagem de um amor materno tão profundo e incondicional!Adorei!

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  2. Perfeito Verônica, quanta simplicidade e quanta delicadeza!!!

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